terça-feira, 30 de junho de 2009

Bellame


















Eu gostaria de começar algo novo por aqui. Vou estreiar com a banda BELLAME a minha primeira entrevista do blog. Em uma conversa via msn, a vocalista Giu me contou os detalhes, planos e ideias dela e da banda.

Pra iniciar a entrevista, quando e como surgiu a banda?
A banda surgiu no começo do ano passado. O Lucas(baterista) veio aqui em casa me mostrar uma música que ele tinha feito, aí eu coloquei letra e melodia em cima e nós gostamos do resultado. A partir daí resolvemos procurar pessoas para formar uma banda.

Qual a proposta da banda, as influências e sua definição pessoal do som da Bellame?
Díficil falar de uma proposta, pois tudo flui muito naturalmente quando estamos fazendo um som. Mas creio que seja levar para as pessoas algo que acreditamos ser verdadeiro, sem barreiras. As influências? Não tem nem como citar, pois gostamos de estilos variados como rock clássico, hardcore, metal, alternativo, rap. Isso me leva à definição do som da banda que, na verdade, para mim não tem. Eu acho que é rock e ponto. Cada música tem sua particularidade e isso pra mim é o mais legal. Temos música mais dançante, mais pesada, mais alternativa.Somos uma mistureba.

O que significa Bellame?
Não tem muito significado na verdade, é o sobrenome de um músico que a gente admira e uma palavra que soa legal. No original é Bellamy, mas mudamos a última letra para "e".

Como você analisa o cenário do rock no Brasil???
Eu às vezes acho que falta um pouco de rock de verdade sabe, existem muitas bandas "fabricadas" hoje em dia, mas como eu não julgo ninguém, vamos falar dos produtores. Creio que o maior problema da cena atual é a falta de organização, vejo muitos eventos sendo cancelados em cima da hora, organizadores dando calote e atrasos constantes. Apesar dos problemas e das bandas que viram "modinha", ainda vemos muita banda boa surgindo por aí, só faltam as oportunidades. As pessoas precisam estar mais abertas à coisas novas, novas propostas e mensagens novas.

O que acha de bandas como Fake Number, Lipstick e Pitty? Há alguma semelhança musical com a Bellame ou apenas são bandas que têm em comum mulheres na formação?
Ah, eu acho que cada uma tem seu estilo, sua pegada. Não vejo semelhança entre elas e nem em relação a Bellame. As pessoas tendem a comparar, pois não estão acostumadas a ver mulher fazendo rock mesmo, sem levar pro pop. Pelo menos é isso que acontece com a Bellame, já não posso falar pelas outras bandas.

Continuando no assunto mulheres, mas agora mudando o foco. Com que olhos a Giu observa cantoras de outros estilos como Céu, Mariana Aydar, Tiê, entre outras?
Eu acho qualquer forma de expressão válida, sou muito eclética. Então tenho que confessar que sou apaixonada pelo som da Céu. Tenho até vontade de montar algum projeto parecido mais pra frente. Quanto às outras, não conheço muito bem o trabalho, então não posso falar muito. Mas outra que eu gosto bastante é a Roberta Sá!

É difícil se relacionar numa banda sendo a única mulher?
Até que não, sabia. Sempre fui mais de andar com homens. Só complica um pouco quando a TPM ataca-risos-, mas dá pra lidar bem.

Quais são as expectativas em relação ao primeiro trabalho de vcs, o EP "verdade seja dita"?
O EP até agora está sendo bem recebido, estamos muito felizes com o resultado. Eu, particularmente, espero que as pessoas prestem atenção nas mensagens das músicas, sintam o que a gente está tentanto passar.

Como está a agenda de shows da Bellame?
Nós temos feito uma média de 2 shows por mês. Por enquanto está bom né? Estamos começando... E no Rio é meio difícil ter eventos possíveis todo final de semana. Tocaremos dia 04 de julho na Ilha do Governador e 11 de julho no Elam, em Jacarépagua.

E no resto do País? São Paulo?
Por enquanto nada, mas estamos correndo atrás disso sim. Esperamos muito em breve fazer shows em outros estados e isso inclui São Paulo, fato.

Giu, obrigado pela entrevista e pra terminar quais são os planos daqui pra frente?

De nada, foi um prazer. Os planos ainda estamos fazendo, mas por enquanto é trabalhar esse EP porque ainda tem muito chão pela frente. Ao mesmo tempo, estamos compondo novas músicas e mais para frente decidiremos que rumo tomar com elas.


Mais informações e para ouvir BELLAME:
http://www.myspace.com/bellamerock

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Aonde isso vai parar???

Rodrigo Lima- não, não é primo do júnior, é vocalista do Dead Fish- têm uma coluna no site Punknet(http://www.punknet.com.br/) e sempre escreve coisas interessantes. Achei um texto dele de 2007, incrivelmente atual, falando sobre algo que me preocupo cada vez mais: a vida urbana caótica de SP e o culto ao carro. Tá na hora de organizar essa bagunça, mas as autoridades estão vendidas à indústria automobilística. Ainda há muito pano pra manga nessa história. À ver.

Video do dia pra relaxar geral é do For Fun - Sol ou chuva. Banda há 9 anos na estrada e que eu não curtia, contudo evoluiu muito nos últimos trabalhos, tanto nas letras, quanto na melodia. A banda do Rio de janeiro adotou os sintetizadores e o reggae sem esquecer do hardcore. Só ouvir e não pensar nesse caos, carros, poluição, eca...

http://1.bp.blogspot.com/_TSvly6B1EI0/R7DOPvqYRuI/AAAAAAAACLw/mEquW64tsHU/s400/bicicleta_maluca.jpg

Bicicretinha?

02/09/2007 | por Rodrigo Lima

Ontem dia quatro de Setembro foi o dia internacional sem carro, mas infelizmente fiquei preso no trânsito à tarde inteira e só consegui terminar e enviar este texto hoje, e olhe que nem tenho um carro próprio só meu, daqueles que a gente financia em 70 vezes amarradão e paga mais de dois no fim.

Outro dia vendo a TV vi uma declaração interessantíssima de um arquiteto mais velho, destes que viram a cidade de São Paulo nos anos 50, toda bonita, cheia de investimentos em cultura e transporte de massa como os bondes, dizer que a coisa mais patética nesta "Carrosperidade" difundida por décadas é ver as pessoas carregando 30 vezes mais o seu peso cidade afora em suas "carroças individuais de metal" parados como um bando de imbecis numa via que supostamente deveria ser expressa e achar isso de um conforto e progresso sem igual.

Já faz uns oito anos que um grande amigo/irmão prova por a+b que a indústria automobilística sempre foi falida e irresponsável, além de poluidora e causadora de guerras. Argumentos aí não faltam para provar que o planeta sofre com a demanda por metais, combustíveis (guerras do Iraque?) e espaço pra "suportar" esta indústria.

Tentando ser o mais racional possível, o que nem sempre é o meu forte vamos a números, por que números é o que interessa meus caros!

São 500 carros por dia licenciados somente na cidade de São Paulo, sem contar a região metropolitana, dando uma média de 11 mil carros novos rodando por mês, sem falar nas motos que não estou contando aqui. O Brasil, não estou falando da região metropolitana de São Paulo, usa mais de 51% do espaço urbano para uso de automóveis e com o aumento da demanda deve, em menos de quatro anos, aumentar para 55%. O número de acidentes com moto, pra dar um exemplo, passou a ser mais de 500 por mês só na cidade de São Paulo, com um número de mortos mais alto do que a "velha estatística" de um motoboy morto por dia. O número de atropelamentos praticamente dobrou em todo o país, isso sem falar que mais de 60% da poluição do ar vem de automóveis particulares e não de ônibus e caminhões. Gasolina, manutenção e seguro, segundo meu companheiro de banda Leandro "nareba" Mozachi, é um valor razoável que pode muito bem ser utilizada para outros fins. O número de mortos nas estradas por mês, no Brasil, são mais ou menos quatro vôos da TAM, ou seja, uma média de 600 vítimas fatais. Sem mencionar as conseqüências do crescimento dos carros nas ruas e na especulação imobiliária que já é outro assunto.Todas as famílias, grupos, gangues e máfias brasileiras já perderam pelo menos um ente em acidente de trânsito, este grande estatístico que vos fala perdeu uma tia e os dois avós em apenas um dia num acidente, isso nos anos 70, depois perdi mais três amigos em acidentes nas ruas da região metropolitana de Vitória. Convenhamos, é uma tragédia grande demais para as pessoas acharem que ter um carro é algo sensacional que vai fazer delas mais bonitas, reconhecidas no trabalho, descoladas, livres e que seus pirus vão crescer mais 10 centímetros com um automóvel novo como dizem as propagandas que vemos todos os dias. O mais trágico é perceber que a coisa não parece mudar, na tv a pessoas estão comemorando o crescimento da economia graças à venda de carros e pior dizerem que isso é irreversível num país próspero como o nosso. Eu pergunto:

Próspero aonde porra?! A consolação fica parada mais da metade do dia! Eu levei 40 minutos do aeroporto de Vitória até a casa da minha mãe no último fim de semana, e são míseros oito kms até lá.

Resta aqui apenas pedir humildemente aos leitores punks de verdade, cheios de atitude e opinião que mudem, pelo menos individualmente seus hábitos, comprem uma bicicleta e passem a usar mais o transporte coletivo das suas cidades. Em São Paulo pegar um ônibus não é tão complicado e nem demora muito, no Rio também. Em Vitória e V. Velha eu sei que demora pra cacete e a qualidade do serviço é mais escrota que em outros lugares, mas a bicicleta esta aí pra isso mesmo. Dentro de cidades pequenas dá pra pedalar quase a cidade inteira na boa. E outra, nem é mais tão cu(l) usar carro. A moda mesmo é ser alternativex e andar de bicicreta. Vocês vão pegar muito mais a mulherada.


sábado, 27 de junho de 2009

Rock Nerd: Pullovers



Foto: myspace Pullovers

Pullover é-junto com os óculos engarrafados-o acessório preferencial de um legítimo nerd. Esteriótipos à parte, os nerds ou geeks contribuem substancialmente ao mundo rockeiro. Bandas como Weezer fazem grande sucesso lá fora, mas no Brasil o filão continua em aberto. A banda Semi-novos, que recentemente tocou no Faustão sua música "Escolha já seu Nerd", apenas explicitou o clichê "nerdistíco", porém não representa na essência o espírito do "moderno" nerd ou rock nerd. Diferente dos
Pullovers, banda que há anos vaga pela cena indie paulistana-e que eu sinceramente sempre considerei massante-. Carregando no nome o acessório citado no começo do texto, a banda otimizou muito o som, misturou a temática geek com o futebol, o Brasil, desafiando o conceito pré-definido. Já está na hora do mercado musical tupiniquim dar uma olhada no fenômeno rock nerd.

http://www.myspace.com/pullovers

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Wado

http://www2.uol.com.br/wado/wado02.jpg foto by Maíra Villela

Hoje vou fala do Wando, ops...Quer dizer...Vou falar do Wado. Brincadeiras à parte, preciso falar desse grande músico, Wado. Já tinha escutado o trabalho dele, contudo não tinha prestado muita atenção. Fui ouvir nesse início de inverno brasileiro e achei demais, quase um gênioooo, que nem diz Particelli! E se cuida, porque "se vacilar o jacaré abraça". O cara faz música moderna brasileira. Sem ser saudosista ou "chupinhar" a musicalidade internacional. É o presente-futuro das nossas canções.

SOBRE WADO - myspace Wado

"O que esquenta o sangue de Wado, que agora vive no verão sem fim de Alagoas, é a forma como as periferias do mundo têm construído a nova música através de quase nada de matéria prima. Transformando arte bruta em estúdios caseiros, com microfones baratos e pouco conhecimento técnico, mas com muita urgência, energia e gana.

A subversão não está mais na estética do punk, domesticado e adocicado em canções de amor. O que dá voz a quem não tem voz hoje são ritmos como o funk carioca, o reggaeton e os afoxés baianos. Wado foi beber nestas astúcias da periferia para construir a estética de seu novo álbum, Terceiro Mundo Festivo.

São os ritmos terceiro-mundistas que permeiam este novo disco que também traz referências mundiais como as batidas de Timbaland, Pharrel e M.I.A. O disco é um passeio por novas levadas, americanas e africanas e também, um retorno a concisão de discurso dos seus primeiros discos."

http://www.myspace.com/wwwado

quinta-feira, 18 de junho de 2009

(In)justiça


Ontem lá estava eu e amigos no uni10, bebendo umas, quando recebo a notícia de que o Superior Tribunal Federal(STF) aprovou uma resolução tornando o diploma de jornalismo não obrigatório pra exercer a profissão de jornalista. Foi uma decisão de cair o queixo, um retrocesso. Não me surprendeu a canetada ter vindo do magnânimo do Mato-grosso Gilmar "mente" Mendes.
Incrível a justificativa de liberdade de expressão. há anos atrás essa justificativa podia ser viável, nos tempos de Ditadura, mas duvido que o presidente do STF faria isso na época. Antes muitos bons jornalistas não eram formados em jornalismo, só que os tempos são outros. Os profissionais aprendiam na raça, na vontade, na prática, hoje o mercado tá mais fechado e existem milhares de faculdade de comunicação. Mendes decretou a semi-morte do curso. ele acha que qualquer um sabe escrever. Ledo engano, o curso prepara o profissional pra exercer o ofício de jornalismo e isso precisa ser respeitado. Muitos se formam sem saber escrever, imagina os outros. A justiça além de cega agora é burra.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Post - apoio aos manifestantes da USP

Esse é um post de apoio aos estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) em greve. Porque a melhor Universidade do País não pode servir de curriola de obcecados pelo poder e pela ordem estabelecida. "Ordem é ordem, eu que mando e você vai obedecer".
Governantes com sua turba de ratinhos cinzentos homicidas podem decidir tudo, pois foram eleitos pelo povo. Mas não governam para o povo. Necessitam dominar o povo, daí chamam os seus pau-mandados, prontamente autorizados por outros pau-mandados do judiciário, para conter os ânimos e distribuir carinhos e conselhos. E deixar tudo como está.

http://ocupacaousp.noblogs.org/gallery/755/9503-reprimirounao-charge.jpg

Para relaxar um pouco, aconselho a audição de MGMT - Eletric feel
http://www.myspace.com/mgmt
Eletric Feel now!!!!!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Karina Buhr

Eu ia falar de como é difícil pedalar na grande metrópole Sul-americana, San Pablo. De como fui PROIBIDO de deixar minha magrela presa no portão da minha faculdade. De como é PROIBIDO pedalar no Horto florestal, no Parque da Aclimação e é PROIBIDO pedalar na Ponte Estaiada - novo e "original" cartão-postal da cidade - e de como é PROIBITIVO pedalar na teórica CICLOVIA(???) da Sumaré e da Faria Lima.

Escrevo de MÚSICA.

Às vezes é melhor escrever sobre o que concordo, do que discordo. E nessa segundinha escreverei sobre Karina Buhr.
http://www.spsonica.com/fotos/medias/karina-buhr.jpg
Quando ouvi falar de Karina Buhr, a primeira impressão é de que se tratava de uma artista gringa, ou talvez brasileira, paulista ou carioca quem sabe, devido ao sobrenome. Entretanto, não imaginava Karina Buhr pernambucana. Achei ótimo descobrir isso, fuçando no site da MTV Brasil. Pra quem não me conhece, sou admirador de toda cultura de Pernambuco, até por ser paulista filho de paraíbana, neto de baiano e sempre ligado nas bandas nordestinas. No ano da morte de Chico Science, escrevi uma carta pra Folhateen, declarando minha admiração pela genialidade de Chico e prevendo a óbvia falta que faria - e faz - pra nós.

Mas to aqui pra falar da Karina. Além de cantora, compositora, percussionista, a bichinha - como já dizia carinhosamente minha vó - é atriz. Comanda outra banda, Comadre Fulozinha, já tocou em diversas e excelentes bandas e atua em peças de outro gênio, José Celso Martinez. eu não gosto muito de rotular a musicalidade dos músicos, prefiro dizer que é bom e pronto. Observo muito o timbre da voz, o de Karina é bonito sonoramente, no entanto não acho que seja fácil pra todos ouvirem. Tem que digerir, ouvir e ouvir.

A música que Karina faz atualmente pode ser ouvida no http://www.myspace.com/karinabuhr

Há alguns anos atrás, Karina Buhr fez uma versão minimalista e intensa de "Desterro" de Reginaldo Rossi. A participação do eterno Gigante Brazil é emblemática.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

É o fim ou o recomeço?

A humanidade me cansa. Mas, porra, parando pra pensar, eu sou a humanidade, quem tá lendo é a humanidade e estamos no mesmo "lugar". Lar dos humanos, estes e suas construçãos de teorias: dá onde surgimos; pra onde vamos; qual o sentido da vida. Inventamos seitas, cultivamos religiões, destruimos paixões e muitas vezes a cegueira nos move. Muitos cegos observam muito mais as coisas ao redor do que a maioria possuinte da visão. Visão distorcida e ausente de atitude. Minha dica é energia solar. Entretanto, a visão dos empreendedores brazucas anda distorcida como afirmei aqui anteriormente. É o fim ou o recomeço? Apostem ai, vai logo dealer!!

Uma empresa chinesa criou um celular com bateria à energia solar. É um passo maior, só que falta muuuitooooo. Mais no link:
http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=31648






Sol: energia infindável para nós





quarta-feira, 3 de junho de 2009

Putaquepariuquemerdaéessa??(?)?(?)

Às vezes me divirto vendo coisas excêntricas na internet e essa banda chamada brokeNCYDE(????) é bem excêntrica!!! Não tenho adjetivos pra descrever IS-TO!! É o cúmulo da bizarrice!! Pegue seus amiguinhos descolados de Guarulhos, dê um rolê na Augusta ouvindo Lady Gaga. Entende??!! Como diz Pelé, ou, simplesmente, Edson.